quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A sopa x o bisonte

Ontem, quando terminei o meu dia de trabalho, pensei: “ Hoje é um bom dia para fazer aquelas bolachinhas de chocolate…”.
Apesar de ser 4ªF, a casa estava orientada, o jantar feito e a roupa em ordem, graças à insónia da noite anterior. Cenário idílico, eu sei , porém real. (Pontualmente real, sejamos honestos!!)
A boa vontade imperava e o espírito empreendedor também.

7.30h.
Banhos tomados, bebé na cama, mesa posta e vamos a isto.
Eis senão quando, o meu pequeno anjo do meio se senta à mesa e diz: “ Não quero sopa. Não gosto.”
A questão da sopa prolongava-se já há cerca de duas semanas, e eu pensei; em prole dos bons hábitos alimentares, da autoridade materna (lol) e de tudo o resto que é socialmente esperado do papel de mãe; “Vamos lá dar a volta à questão”.

Sentei-me ao lado do meu pequeno JG e, de sorriso estampado na cara disse-lhe: “Então, tens de comer sopa para ficares grande e forte e ires brincar.”
Foi então que se deu a metamorfose. O meu pequeno anjo transformou-se num Demónio   da Tansmânia pestanudo.
Gritou, esperneou, atirou a colher para a areia do gato, cuspiu a sopa para o chão e tentou derrubar o prato.  Seguiram-se vários rounds sem vencedor nem vencido.  O combate prolongou-se das 7.30 da tarde às 10 da noite.

Foi neste meio tempo que invoquei o bisonte que há em mim, e mentalmente murmurei “eu sou um bisonte a pastar placidamente na pradaria. Nada nem ninguém me conseguirá incomodar”; qual mantra em estado de meditação. É óbvio que houve momentos em que o bisonte saiu do transe e escoicinhou. Por fim, uma vez que a sopa continuava no mesmo nível, fui pôr o meu rebento na cama.  Adormeceu de pé, agarrado às grades do berço, em plena birra, enquanto o bisonte (eu) lhe dizia que a sopa estaria na mesa hoje para o jantar.  Mais logo, em horário nobre retomar-se-ão os confrontos.

Aceitam-se apostas.


Beijinhos
MARIA

A birra na consulta médica

Meu filho JP foi muito planejado e desejado, quando nasceu senti logo aquela emoção que todas as mães falam mas que a gente acha um exagero. Mas não é, o tal amor incondicional é mesmo verdade! Damos a vida por eles, fazemos sacrifícios sem fim. A cada descoberta, a cada evolução daqueles pequenos seres indefesos ficamos mais apaixonados. Daí vem o sorriso, os primeiros passos e junto a primeira queda! Chegam as fases dos medos, dos desafios e das BIRRAS!!!! Sim , o meu primeiro post é sobre uma grande birra! O JP é um menino de 3 anos, super saudável, alegre e está sempre a sorrir, ou quase sempre. Esta numa fase que vai do 8 ao 80 rapidinho. Ontem fomos a pediatra na consulta dos 3 anos. Como raramente ele fica doente (graças ao bom Deus) resolvi conversar com ele antes e prepará-lo para a coisa! Expliquei que a doutora iria vê-lo despido, apertar a barriguinha, ver os ouvidos, medir, pesar, enfim! Ele sorria contente e dizia: "Que engraçado mãe, vamos a médica..." E lá fui eu confiante e feliz com o meu pequeno. Mal entramos na sala aquela "pessoínha" linda e amorosa transformou-se! Virou um monstrinho...! Para pesá-lo e medi-lo foi aquele granel! Nunca vou esquecer da doutora (que é um anjo) enrolando a fita métrica na minha cabeça e na do pai antes de enrolar na dele para ver se o convencia e o "rapazinho" só dizia NÃO QUERO ISSO!!! E assim foi a consulta inteira!

O meu desejo naquele momento foi que se abrisse um buraco  e eu desaparecesse como um passe de mágicas rumo ao desconhecido, porque certamente seria melhor do que ali estar a passar aquela vergonha!  Enfim....como todos dizem: Calma mãe é só uma fase! Saíndo do consultório como nos filmes de super-herói acontece a transformação outra vez: O menino "do contra" volta a ser o anjo sorridente e diz: VAMOS PRA CASA MÃE PRINCESA?  Fiquei remoendo aquela situação por algumas horas e depois de vários pensamentos negativos do tipo: Sou uma má mãe, não sei educar o meu filho, estou a torná-lo mimado...percebi que por mais amor, educação e regras que nós mães possamos dar aos nossos filhos...um dia vamos passar por isso. Ler e reler livros ajuda, partilhar estas emoções e frustrações todas com as amigas (mães) ajuda sim...mas na verdade tudo isso por menor ou maior que possa parecer É MESMO UMA FASE E VAI PASSAR! E o que vale é aprender um pouquinho com cada birra para (tentar) não cometer os mesmos erros e seguir em frente....porque virão mais fases....todas elas com as suas alegrias e problemas! Faz parte da maternidade! Para terminar, depois de muito conversar com ele sobre que houve, depois das desculpas, etc e etc...fiquei admirando a criancinha na cama, linda, naquele sono tranquilo e pensei: Isso de ser mãe cansa, estressa...mas é maravilhoso! E eu viveria tudo outra vez....



Uma beijoca a todas as mães!
DANI

Bem vindos!

Olá pessoal! Sou a Dani e trabalho com a minha amiga Maria a 6 anos. E desde então temos debates e discussões sobre maternidade. Todas as manhãs é uma surpresa. Nos conhecemos tão bem, que ao chegar ao trabalho logo percebemos pelas expressões uma da outra qual será o tema de "debate" do dia. Tenho um filho de 3 anos e ela é mãe de 3 meninos: um de 13 anos, outro de 3  e um bebê de 10 meses. Como podem ver temos muitas histórias para contar! Foi então que percebi que poderíamos compartilhar as nossas conversas com as mães por aí! Quem sabe possa ajudar a aliviar as tensões da maternidade, trocando ideias, opiniões e dicas! Porque faz tão bem desabafar sobre uma birra do filho, ou mesmo dividir a alegria de uma nova descoberta não é?
Sejam bem vindos ao DIÁRIO DE MÃES!

Beijocas
DANI E MARIA